Atingi o meio século de existência no final do ano passado. Muitos dos meus amigos e conhecidos estão igualmente a celebrar o seu cinquentenário. Não sei se esta é a altura certa para um primeiro balanço acerca do que foi feito e sentido em 50 anos e para começar a contagem decrescente para o fim da vida.
Não comemorei os meus 50 anos. Aliás, não costumo festejar os anos. Para mim têm sido dias sem história. Contudo, o cinquentenário deu-me que pensar. Paradoxalmente, em muitos aspectos sinto-me melhor comigo mesmo nesta fase da vida do que aquilo que imaginei há uns largos anos, apesar dos problemas — alguns complexos e de difícil resolução —, que inevitavelmente existem.
A única situação que me preocupa é a da condição física. É sabido que é a partir dos 50 que, especialmente nos homens, podem ocorrer todo o tipo de maleitas algumas das quais bem graves. É o vizinho que morre na sequência de um tumor no estômago, o amigo que foi operado à próstata, a notícia do jornal que dá conta da paragem cardíaca ocorrida num jovem empresário de meia-idade, … Se há coisa que não suporto são hospitais, análises, exames, … Até uma simples extracção de sangue me põe a suar desalmadamente e a desviar o olhar da seringa. Se há coisa que suporto mal é a dor física. Porém, o "sofrimento psicológico", as dores de alma são velhos conhecidos com os quais, ao longo dos anos, me habituei a conviver.
Haja saúde!
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