Emfim, nem os intuitos nem a acção podem limitar-se ao apertado limite das fronteiras, e todas as manifestações da vida são hoje essencialmente internacionaes. É pois necessario estarmos sempre promptos para sahir do nosso meio, da nossa especialidade, do nosso paiz, e para isso devemos viajar, saber as linguas, conhecer e comprehender o estrangeiro. Hoje em dia não é possivel a qualquer povo voltar atrás e concentrar-se em si proprio. Todos são arrastados á força no turbilhão rapido das relações communs inevitaveis. Pouco importa que se queira ou se não queira, que se tenha saudades do socego dos bons tempos passados ou se admire a actividade febril dos dias presentes, é forçoso caminhar, ou então cahir no marasmo e na pobreza, até sobrevir a inflitração e o dominio das actividades estranhas, isto é, a conquista, a assimilação, o desapparecimento da raça.
Léon Poinsard (Portugal Ignorado, 1912)
Léon Poinsard (Portugal Ignorado, 1912)
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