O parque florestal compreende uma zona, mais extensa, dominada pelas coníferas e, outra, onde estão apenas presentes as caducifólias, em particular os bordos (Acer spp.) e os carvalhos (Quercus spp.). A densidade arbórea é elevada, estando as árvores praticamente copa com copa. Semelhante circunstância condiciona fortemente o crescimento da vegetação dos estratos inferiores, pelo que apenas plantas tolerantes a ambientes sombrios (ou de crescimento rápido e que durante os primeiros anos de vida toleram o ensombramento) se podem desenvolver. Contudo, nas raras clareiras e principalmente nas orlas crescem plantas como a perpétua-das-areias (Helichrysum stoechas), o rosmaninho-maior (Lavandula pedunculata) e a bela-luz (Thymus mastichina). Estas três espécies indicam inequivocamente que a quinta sofre ainda de forte influência mediterrânica.
No sub-bosque, o abeto de Douglas (Pseudotsuga menziesii) — em vários estados de desenvolvimento — denota forte representação. Para além dele medram a urze-das-vassouras (Erica scoparia), o medronheiro, giestas, o carvalho-negral e o castanheiro. No estrato herbáceo são poucas as plantas representadas, destacando-se a orquídea Neotinea maculata, enquanto no estrato muscícola, a situação é inversa. Com efeito, devido ao permanente ensombramento, o solo retém durante boa parte do ano um grande teor de humidade. Por isso, musgos, líquenes e fungos são bastante abundantes e variados. Os cogumelos tornam-se evidentes sobretudo entre Outubro e Janeiro. Através dos seus filamentos ligam-se às raízes das árvores formando uma espécie de super-organismo. Estas ligações são úteis quer às árvores quer aos próprios cogumelos e contribuem para a riqueza deste pequeno ecossistema. Onde predominam as caducifólias já estes organismos são raros devido ao facto de apenas durante cerca de seis meses por ano, as árvores apresentarem folhas. Aqui alastra o feto-ordinário (Pteridium aquilinum).
A comunidade animal é, também ela, bastante interessante. Existem coleópteros raros e de interesse comunitário como Lucanus cervus e Cerambyx cerdo. Nos vertebrados contam-se, entre outras, o sapo-parteiro (Alytes obstetricans), algumas espécies de morcegos, roedores e insectívoros, a lebre (Lepus granatensis), a raposa (Vulpes vulpes), o javali (Sus scrofa), a geneta (Genetta genetta), a fuinha (Martes foina), a doninha (Mustela nivalis), o esquilo (Sciurus vulgaris) — este apenas desde 2002 —, e um vasto conjunto de aves. Predominam as que se alimentam de insectos e suas larvas como os chapins (Parus spp. e Aegithalos caudatus), a trepadeira-comum (Certhia brachydactyla), a trepadeira-azul (Sitta europaea), o pica-pau-malhado-grande (Dendrocopus major), a felosa-de-bonelli (Phylloscopus bonelli) e a estrelinha-real (Regulus ignicapillus). Outrora também o lobo (Canis lupus) frequentava estas paragens.
No seio do parque existe uma pequena represa, com água durante todo o ano, e em parte da sua periferia, muros de pedra. Estas estruturas acrescentam diversidade estrutural ao habitat. A represa é um excelente bebedouro e simultaneamente serve de local de acasalamento e de desenvolvimento de larvas para certas espécies de anfíbios. Os muros acolhem roedores, répteis e a doninha.
No sub-bosque, o abeto de Douglas (Pseudotsuga menziesii) — em vários estados de desenvolvimento — denota forte representação. Para além dele medram a urze-das-vassouras (Erica scoparia), o medronheiro, giestas, o carvalho-negral e o castanheiro. No estrato herbáceo são poucas as plantas representadas, destacando-se a orquídea Neotinea maculata, enquanto no estrato muscícola, a situação é inversa. Com efeito, devido ao permanente ensombramento, o solo retém durante boa parte do ano um grande teor de humidade. Por isso, musgos, líquenes e fungos são bastante abundantes e variados. Os cogumelos tornam-se evidentes sobretudo entre Outubro e Janeiro. Através dos seus filamentos ligam-se às raízes das árvores formando uma espécie de super-organismo. Estas ligações são úteis quer às árvores quer aos próprios cogumelos e contribuem para a riqueza deste pequeno ecossistema. Onde predominam as caducifólias já estes organismos são raros devido ao facto de apenas durante cerca de seis meses por ano, as árvores apresentarem folhas. Aqui alastra o feto-ordinário (Pteridium aquilinum).
A comunidade animal é, também ela, bastante interessante. Existem coleópteros raros e de interesse comunitário como Lucanus cervus e Cerambyx cerdo. Nos vertebrados contam-se, entre outras, o sapo-parteiro (Alytes obstetricans), algumas espécies de morcegos, roedores e insectívoros, a lebre (Lepus granatensis), a raposa (Vulpes vulpes), o javali (Sus scrofa), a geneta (Genetta genetta), a fuinha (Martes foina), a doninha (Mustela nivalis), o esquilo (Sciurus vulgaris) — este apenas desde 2002 —, e um vasto conjunto de aves. Predominam as que se alimentam de insectos e suas larvas como os chapins (Parus spp. e Aegithalos caudatus), a trepadeira-comum (Certhia brachydactyla), a trepadeira-azul (Sitta europaea), o pica-pau-malhado-grande (Dendrocopus major), a felosa-de-bonelli (Phylloscopus bonelli) e a estrelinha-real (Regulus ignicapillus). Outrora também o lobo (Canis lupus) frequentava estas paragens.
No seio do parque existe uma pequena represa, com água durante todo o ano, e em parte da sua periferia, muros de pedra. Estas estruturas acrescentam diversidade estrutural ao habitat. A represa é um excelente bebedouro e simultaneamente serve de local de acasalamento e de desenvolvimento de larvas para certas espécies de anfíbios. Os muros acolhem roedores, répteis e a doninha.
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