Livros no Blurb

domingo, 9 de setembro de 2007

Os meus livros 7

Capa do volume "Região Norte" (Círculo de Leitores, 1991)

Capa do volume "Região Norte" (Temas & Debates, 1996)

Um aspecto do interior do segundo volume


O segundo volume a ser publicado foi o da região Norte e, juntamente com o do Alentejo, foi aquele que mais depressa cativou o interesse do público.
Em boa verdade, apesar da obra levar o título genérico "Roteiros da Natureza", trata-se sobretudo de uma colecção sobre o património natural português. Hoje, muita da informação que nela consta estará com certeza desactualizada devido ao facto da natureza constituir um sistema dinâmico, em constante mutação, impulsionado quer por fenómenos puramente físicos quer por via da intervenção humana. Contudo, algumas das bases e ideias fundamentais nela descritas mantêm-se válidas.
Na hora de organizar uma série de livros sobre os nossos valores naturais punha-se o problema de apresentar a informação de forma simples mas ao mesmo tempo técnicamente correcta e perceptível para todos os potenciais leitores. Em relação aos livros sobre o continente adoptei como base geográfica as 5 regiões-plano, na altura muito actuais e das quais se falava como o suporte da futura regionalização. Por sua vez, cada livro foi estruturado em três grandes capítulos: um capítulo introdutório onde apresentei de forma sucinta as condições geoclimáticas que condicionam o território abrangido bem como a influência do homem sobre a paisagem; um capítulo principal — "os grandes meios" — que descreve e caracteriza o património natural tendo como fio condutor os meios ecológicos fundamentais (e/ou principais tipos de paisagem), a saber: a orla costeira, as zonas húmidas, o meio florestal, o meio arbustivo, o meio rural, o meio urbano. Para além destes falei ainda dos "meios de natureza particular" cuja peculiar natureza me levou a tratá-los à parte. "Os grandes meios" são definidos no início do primeiro volume. Esta divisão surge naturalmente de acordo com aquilo que se observa no terreno. Mais tarde pude constatar que algumas publicações biológicas adoptaram esta classificação embora curiosamente não refiram a fonte.
Em cada região procurei dar destaque ao meio (ou meios) mais expressivos. Assim, por exemplo, as zonas húmidas tiveram especial destaque na região Lisboa e Vale do Tejo.
O terceiro grande capítulo — "Percursos aconselhados" — é, este sim, um roteiro. Infelizmente, o seu tratamento gráfico foi bastante pobre. Os livros acabam com uma lista das espécies referidas no texto (nomes científicos e comuns) e um glossário dos principais termos técnicos utilizados.

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