O pica-pau? Relincha nos troncos altos.
Zoam os estorninhos, e do tordo
A sirene se pega, na bruma,
À risada da pega rabuda.
O guincho do francelho agita
A caruma, no meio da noite
O mocho real, ri — que nem
Uma cabra. Ouve-se o alarmado
Salto da narceja, e o corvo marinho
Rabuja. Não estamos no mar,
Pelo menos que eu veja, grita
O gaio, raspando as ilhotas
De assobiadeiras.
O rouxinol? À beira da estrada,
Numa macieira brava. E o marantéu
Sobe mais uma pernada.
Gil de Carvalho (De Fevereiro a Fevereiro, 1987)
Zoam os estorninhos, e do tordo
A sirene se pega, na bruma,
À risada da pega rabuda.
O guincho do francelho agita
A caruma, no meio da noite
O mocho real, ri — que nem
Uma cabra. Ouve-se o alarmado
Salto da narceja, e o corvo marinho
Rabuja. Não estamos no mar,
Pelo menos que eu veja, grita
O gaio, raspando as ilhotas
De assobiadeiras.
O rouxinol? À beira da estrada,
Numa macieira brava. E o marantéu
Sobe mais uma pernada.
Gil de Carvalho (De Fevereiro a Fevereiro, 1987)
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