Migram na salsugem das nortadas
dos litorais do sul, a grande altura,
para rochas de névoa e alcantis.
Medrosas de perder-se, até de dia.
Voam no areal tingido de detritos,
tombam pelos campos já lavrados
em busca de larvas de besouro.
Entre os cactos abrem clareiras
e a fusela cruza o caudal do sol.
Cresce o fermento das encantações:
seixos, regressos, esmaltes de orvalho,
a música tardia dos seus gritos.
Tuas mãos colhem gerânios,
plantas migratórias, com difíceis folhas,
aí a fusela irá pousar.
Joaquim Manuel Magalhães (Segredos, Sebes, Aluviões, 1981)
dos litorais do sul, a grande altura,
para rochas de névoa e alcantis.
Medrosas de perder-se, até de dia.
Voam no areal tingido de detritos,
tombam pelos campos já lavrados
em busca de larvas de besouro.
Entre os cactos abrem clareiras
e a fusela cruza o caudal do sol.
Cresce o fermento das encantações:
seixos, regressos, esmaltes de orvalho,
a música tardia dos seus gritos.
Tuas mãos colhem gerânios,
plantas migratórias, com difíceis folhas,
aí a fusela irá pousar.
Joaquim Manuel Magalhães (Segredos, Sebes, Aluviões, 1981)
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