O Algarve é porventura a única região de Portugal Continental com identidade geográfica. Trata-se de um território verdadeiramente mediterrânico cujas ligações viárias e ferroviárias ao resto do país apenas foram estabelecidas a partir de finais do século XIX, ou mesmo princípios do século XX. O seu isolamento apenas era quebrado por via das ligações marítimas e foi através delas que diferentes civilizações aqui deixaram as suas marcas (os mouros, por exemplo, ocuparam esta província durante cerca de 550 anos).
Existem três regiões naturais perfeitamente demarcadas, estendendo-se desde o Atlântico até ao Guadiana, que se sucedem de Norte para Sul em faixas mais ou menos paralelas, a saber: a Serra, o Barrocal e o Litoral (Barrocal e Litoral fazem parte do chamado Baixo Algarve). Todas têm características agro-florestais, geoclimáticas, ecológicas e de povoamento muito próprias.
A Serra constitui uma zona de transição do Alentejo para o Baixo Algarve, protegendo este dos ventos do quadrante Norte. De poente para nascente erguem-se o Espinhaço de Cão, Monchique e o Caldeirão. É uma zona xistosa, à excepção do maciço eruptivo de Monchique que, com os seus cerca de 900 metros de altitude, denota já claras influências atlânticas bem evidentes na sua paisagem e coberto vegetal. A sua situação é grosso modo similar às das serras de Sintra e da Boa Viagem, embora esta última seja de natureza geológica diversa.
O Barrocal é um mundo árido, calcário, com solos de terra rossa recobertos pelos pomares de sequeiro (oliveiras, amendoeiras e alfarrobeiras), tão típicos do Algarve, e por uma vegetação mais ou menos baixa, esclerófila, de aromas múltiplos, onde dominam o carrasco (Quercus coccifera), tomilhos, rosmaninhos, tojos e estevas. Trata-se de uma formação vegetal conhecida como garrigue.
O Litoral está actualmente muito devassado devido à insensata, diria mesmo criminosa, intervenção humana levada a cabo nos últimos 50 a 60 anos. Terra de pescadores e mariscadores mas também de agricultores, com as suas hortas, os pomares de citrinos e os seus belos e produtivos sistemas lagunares, esta zona já foi um autêntico paraíso embora hoje pouco reste da paisagem natural.
São estes e outros temas que são tratados, em maior ou menor profundidade, neste volume.
Existem três regiões naturais perfeitamente demarcadas, estendendo-se desde o Atlântico até ao Guadiana, que se sucedem de Norte para Sul em faixas mais ou menos paralelas, a saber: a Serra, o Barrocal e o Litoral (Barrocal e Litoral fazem parte do chamado Baixo Algarve). Todas têm características agro-florestais, geoclimáticas, ecológicas e de povoamento muito próprias.
A Serra constitui uma zona de transição do Alentejo para o Baixo Algarve, protegendo este dos ventos do quadrante Norte. De poente para nascente erguem-se o Espinhaço de Cão, Monchique e o Caldeirão. É uma zona xistosa, à excepção do maciço eruptivo de Monchique que, com os seus cerca de 900 metros de altitude, denota já claras influências atlânticas bem evidentes na sua paisagem e coberto vegetal. A sua situação é grosso modo similar às das serras de Sintra e da Boa Viagem, embora esta última seja de natureza geológica diversa.
O Barrocal é um mundo árido, calcário, com solos de terra rossa recobertos pelos pomares de sequeiro (oliveiras, amendoeiras e alfarrobeiras), tão típicos do Algarve, e por uma vegetação mais ou menos baixa, esclerófila, de aromas múltiplos, onde dominam o carrasco (Quercus coccifera), tomilhos, rosmaninhos, tojos e estevas. Trata-se de uma formação vegetal conhecida como garrigue.
O Litoral está actualmente muito devassado devido à insensata, diria mesmo criminosa, intervenção humana levada a cabo nos últimos 50 a 60 anos. Terra de pescadores e mariscadores mas também de agricultores, com as suas hortas, os pomares de citrinos e os seus belos e produtivos sistemas lagunares, esta zona já foi um autêntico paraíso embora hoje pouco reste da paisagem natural.
São estes e outros temas que são tratados, em maior ou menor profundidade, neste volume.
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